terça-feira, 19 de abril de 2011

DOMINGO DE RAMOS - INÍCIO DA SEMANA SANTA

Vitoria, Tu Reinarás, ó Cruz, tu nos salvarás



 Que a bênção de Deus nos faça mais sensiveis aos apelos da criação.
 A bênção das mudas e dos ramos na Pração João da Cruz.
 O Capuchinho, Frei Henrique que conduziu o retiro dos jovens acora conduz a procissão.
 Coroinhas e acólitos abrem a procissão toda ela enriquecida pela palavra sábia do caríssimo Frei Henrique.
 Os universitários seguem à frente da assembleia distribuindo e plantando as mudas de árvore durante o percurso da procissão.
 Que as gerações futuras possam usufruir da sombra e dos frutos desta árvore que hoje plantamos!
 Na Avenida Paranaíba, o marco singelo de um gesto de amor com a colaboração dos universitários.
 As duas mesas: a mesa da Palavra e a mesa da Eucaristia. Destas duas mesas emana a força para a vivência da fé no seguimento a Jeus Cristo.
 A primazia da Palavra no meio da assembleia dos cristãos, por meio das Santas Escrituras, Deus fala ao nosso coração.
 O ingresso solene da assembeia no interior do templo.
 Os ramos expressam nossa vitória em Cristo, o vencedor do mundo e da morte.
 Cercados pelo carinho e instruídos pela oração da assembleia dos batizados, os catecúmenos acompanham as celebrações da Grande Semana.
 Os catecúmenos acompanham os ritos da celebração e,  por meio dos quais, são introduzidos nos santos mistérios.
 Ambão, trono da Palvra, ao redor do qual a assembleia dos féis se congrega para ouvir os ensinamentos do Senhor.
 Momento da homilia, uma atualização da mensagem da Sagrada Escritura.
 Diante do altar da Eucaristia é apresentada a oferta que é expressão da generosidade de cada fiel.
 Sobre o altar, colocamos o pão e o vinho frutos da terra e do trabalho humano.
 Plantar é um ato de amor e respeito para com o planeta terra. Parabéns Thiago!
 Aos gemidos da criação, devemos responder com atitudes firmes. Parabéns Diego!
 A criação grita por gestos nobres como este. Parabéns Igor!
 Um gesto concreto vale mais que todos os discursos. Parabéns universitários!
 Jovens universitário plantando as primeiras mudas de Ipê na Praça João da Cruz.
 Quem planta uma árvore colabora com a saúde no planeta.
 Jovens da Pastoral da Juventude e da Pastoral Universitária momentos anates da bênção das mudas e dos ramos.
 Todos acompanham o rito da bênção e aplaudem os universitários plantando as primeiras mudas de Ipê na Praça João da Cruz.
 Oração da bênção dos ramos.
 Momento da proclamação do Evangelho, antes da bênção dos ramos.
Crianças e jovens marcam preseça na prcissão de ramos.

O TRIDUO PASCAL

Pe. Joaquim Cavalcante
OS TRÊS DIAS DO TRÍDUO

1. QUINTA FEIRA 







Quando começa e quando termina o Tríduo Pascal? O Sagrado Tríduo começa com a missa in “coena domini”, tem o seu momento exponencial ou mais significativo na Vigília Pascal e termina com as vésperas do domingo da ressurreição.
Até o século IV, a liturgia romana não tinha uma missa para comemorar a instituição da Eucaristia, recordando a última ceia de Jesus com seus discípulos (inclusive com o rito de lave – pés). A única liturgia eucarística dos três dias do Tríduo era aquela da Vigília pascal.
 A partir do século VII, houve uma evolução: celebravam-se três missas nesse dia, sendo uma pela manhã para a reconciliação dos penitentes, uma por volta do meio-dia para a bênção e a consagração dos santos óleos e outra à noite sem a liturgia da palavra para comemorar a Ceia do Senhor.
A reforma litúrgica do Concílio Vaticano II e do Missal colocou esta missa da noite de 5ª feira para inaugurar o Tríduo. É a missa “in coena domini”, a abertura do Tríduo Pascal. Com essa celebração, afirma-se a unidade dos três dias, dando a cada um seu real sentido.
O Tríduo Pascal nos apresenta a realidade do mistério salvífico de Deus na sua dimensão histórica (sexta e sábado). A 5ª feira santa apresenta esse mesmo mistério na sua dimensão ritual, a 5ª feira é a festa da instituição do novo memorial a ser perpetuado conforme a ordem do Senhor.
Os textos bíblicos e eucológicos colocam em evidência que Cristo nos deu a sua páscoa no ritual da Ceia. Por sua vez, esse ritual exige da Igreja uma íntima ligação a Cristo no plano da vida, do serviço fraterno e da caridade como modo de condividir o mistério da paixão do Senhor.

A Eucaristia atualiza a salvação: “Toda vez que celebramos este sacrifício em memória do vosso Filho, torna-se presente a nossa redenção”. Quando nós amamos e sentimos o irmão nós nos configuramos a Cristo que por amor deu a sua vida na cruz por nós, prestando o maior serviço, a maior liturgia a Deus e à humanidade. O silício do amor ao próximo é a maior e a mais agradável de todas as penitências.           
Amar é também padecer a paixão do Senhor.
A dor que emana do exercício do amor e do perdão é sempre mais plenificante do que a dor que é fruto do ódio e do rancor.
O rito do lava-pés praticado desde os tempos de Santo Agostinho, depois reservado só às igrejas catedrais e com a reforma de Pio XII em 1955, levado para todas as comunidades, esse rito é uma verdadeira consagração do serviço fraterno.






O RITO DA TRASLADAÇÃO E ADORAÇÃO DO SANTÍSSIMO SACRAMENTO

Depois da celebração, segue-se uma pequena procissão com o Santíssimo para a adoração que segue até à meia-noite.  (Em alguns lugares, até às 15 horas da sexta-feira santa). Daí vem todo o sentido e o significado do culto que se deve ao mistério eucarístico fora da celebração.
Jesus Cristo é o verdadeiro e eterno sacerdote e é também o verdadeiro e eterno cordeiro. Ele é ao mesmo tempo oferente e oferecido, sacerdote e vítima.“Oferecendo-se pela nossa salvação, instituiu o sacrifício da nova aliança e mandou que o celebrássemos em sua memória, sua carne imolada é alimento que nos fortalece e seu sangue derramado é a bebida que nos purifica”.


2. Sexta-Feira Santa

A Igreja celebra o mistério da morte de Cristo com uma solene liturgia da palavra com a narração da paixão e morte do Senhor, oração universal, beijo da cruz e a distribuição da santa comunhão. Segundo São Justino ( no século II), já se fazia as orações solenes ou oração universal.
A adoração ou beijo da cruz dá-se no lugar da distribuição da comunhão, segundo um rito de origem Jerosolimitana, isto é, um rito da Igreja de Jerusalém do tempo de Cirilo (cf Itinerário de Etéria).
Segundo o Rito Romano, a celebração da sexta-feira santa se conclui com a comunhão (em alguns lugares com o beijo da cruz). Com o Papa Inocêncio III até Pio XII, a comunhão nesse dia era reservada só ao sacerdote que presidia, mas com a reforma de Pio XII também os fiéis passam a receber a comunhão. Da liturgia da sexta-feira santa emana uma verdadeira teologia da cruz. Mais que instrumento de tortura, a cruz é sinal do amor de Deus que em Cristo nos salvou.


A sexta feira santa não é o dia do luto da Igreja (como pensam alguns), mas o dia de profunda e amorosa contemplação do sacrifício cruento de Jesus, do qual veio nossa salvação. A morte é humilhante. Contudo, o aspecto da humilhação da morte de Jesus está inseparavelmente ligado à ressurreição e à glorificação de Cristo. Dos textos eucológicos e bíblicos provêm a teologia da cruz salvífica.
A sexta feira santa é dia do Jejum Pascal.Tem esse nome porque é aconselhado levá-lo até a Eucaristia da Vigília Pascal. Segundo a Sacrosanctum Concilium ( 110), junta-se, desse modo,  com maior sobriedade às alegrias da ressurreição do Senhor. O jejum da sexta-feira é um sinal sacramental da participação no sacrifício de Cristo. Cumpre-se nesse dia a palavra do Senhor que diz que quando o esposo for tirado, os discípulos jejuarão Lc. 5, 33-35.


3. O Sábado Santo

 Até o século II este era um dia de jejum e alitúrgico se fazia sem a celebração da Eucaristia. Não digo alitúrgico porque a Eucaristia não é a única liturgia da Igreja. Não se fazia assembleia para renunciar a alegria de estar junto. Depois do longo período em que o Triduo Pascal perdeu sua unidade litúrgica e teológica por causa da celebração da ressurreição nas manhãs destes dias, a reforma de Pio XII restituiu ao sábado o seu caráter de expectativa, dia de silêncio, oração e preparação para a festa universal da fé cristã.
A Igreja recorda que nesse dia, estando sepultado, Jesus desce ao encontro dos que estavam sob as trevas do Sheol, esperando a ressurreição. 1 Pe 3, 19.   A Igreja vive, nesse dia, o grande cumprimento da palavra do Senhor: “O Filho do Homem deve morrer e ressuscitar ao 3º dia.( Lc 9, 22), conforme também a Regula Fidei, isto é o símbolo da fé. O Sábado santo ou da paixão é caracterizado pela penitência e pela esperança, ambas são expressão da fé cristã. A Teologia e a Estrutura da Liturgia do Sábado Santo na Vigília Pascal ensinam que:
Na Vigília Pascal, celebra-se toda a economia salvífica da aliança de Deus com a humanidade.
Da vigília pascal emana toda a espiritualidade litúrgico-celebrativa da Igreja.
Dessas duas premissas pode se concluir que a Vigília Pascal é o coração do ano litúrgico. Ela ilumina e irradia todas as outras celebrações da Igreja. Nesta noite santa a Igreja celebra, de modo mais pleno e sacramental a obra da redenção humana e a perfeita glorificação de Deus. Toda celebração litúrgica vem impregnada de uma realidade que se vê e daquela que a transcende e para a qual ela remete. O “já” e “ainda não”. A densidade litúrgica da Vigília Pascal expressa o mistério salvífico e dá sentido e conteúdo para todas as celebrações da Igreja. Santo Agostinho chama essa vigília de “a vigília das vigílias”, “mãe de todas as vigílias”.
 
O Fogo

O início da vigília se dá com a benção do fogo.
O fogo é o símbolo de iluminação e purificação. O fogo que se acende simboliza o clarão da ressurreição, no qual a humanidade e o cosmos recapitulados em Cristo são chamados a caminhar guiados pela luz de Cristo.
O fogo indica a irrupção de uma presença que transcende toda a realidade que se vê. O  fenômeno da Sarça Ardente e as línguas luminosas na narrativa do evento de Pentecostes refiguram esse mistério. Esse é o sentido teológico positivo do fogo: simboliza as teofanias de Deus, isto é, as manifestações do Altíssimo.  O fogo da vigília simboliza a teofania de Deus em Cristo, luz do mundo. Cristo é o fogo, a luz que dissipa as trevas e queima o antigo fermento do pecado.
O fogo pode ser compreendido com um sentido negativo. No Livro dos Provérbios, sua força e ação devoradora, significam calúnia (prov. 26), paixão de amor, luxúria, adultério Jo 12. O fogo, figurativamente, indica o julgamento de Deus (Mt 3, 10: Mt 12 e 13, 40). Ele aparece muitas vezes como símbolo do juízo escatológico.   O Batismo de fogo de que fala João Batista (Mt 3,11) é o Batismo celebrado na realidade total de Jesus Cristo que é o fogo, a luz do mundo.
Finalmente, o fogo e luz aparecem como símbolos da glória celeste, tal é a descrição do Cristo vitorioso. (Ap. 1, 14; 2,18; 19,12). “A luz resplandeceu, em plena escuridão, jamais irão as trevas, vencer o seu clarão”.


O Círio Pascal:


Simboliza Cristo luz do mundo. A chama do Círio caracteriza as coisas do luminoso mundo celestial. É um sinal da luz perpétua da Jerusalém celeste. É a chama que evoca o sinal da procedência e da presença do Espírito, é símbolo visível da invisível revelação de Deus. O simbolismo fundamental da Vigília Pascal é de ser uma noite iluminada. As trevas foram vencidas pela luz da graça que transborda da morte de Cristo. Ele é o Cordeiro Pascal imolado e ressuscitado. Em Cristo e por Cristo, a Igreja e a humanidade, fazem a santa e feliz passagem das trevas para a luz.
Considerações finais:
Toda a celebração do Tríduo Pascal está voltada para a pessoa de Cristo, servo sofredor e senhor da vida. A Vigília Pascal é o fulcro do Tríduo Pascal, nela a Igreja celebra de modo mais pleno a obra da redenção e a perfeita glorificação de Deus. Celebrando a ressurreição de Cristo, celebramos a certeza da nossa ressurreição, nossa páscoa definitiva. 1 Cor 5,7.
A Vigília Pascal é a mais importante celebração litúrgica da Igreja. Ela é fonte de espiritualidade e inspiração de todas as demais celebrações. Convém que seja celebrada uma só vigília pascal, porém, bem preparada. Ela deve ser celebrada à noite. Portanto, não deve começar antes do anoitecer. Em alguns lugares, ela não termina antes da aurora de domingo. A proclamação das leituras exige excelente preparação. Convém inculturar o rito, envolvendo a participação da comunidade na confecção da fogueira, da piscina batismal, na entrada com o Círio, nos refrões de aclamação intercalando com o silencio ritual e o anúncio pascal “eis a luz de Cristo”. Nesse momento a assembleia poderia levantar as velas acesas e dizer: Cristo, tu és a luz do mundo, ilumina nossa vida, ilumina nossa comunidade! Senhor, que a luz do teu Espírito ilumine a tua Igreja..

quinta-feira, 31 de março de 2011

Macarronada da Pastoral Universitária

No último dia 26 de março, alguns jovens da Pastoral Universitária se reuniram na casa paroquial, assistiram o DVD sobre a Campanha da Fraternidade 2011, debateram alguns momentos sobre a vida no planeta, depois, foi servida uma deliciosa macarronada, como de costume, preparada por eles mesmos.
Uma Pastoral cresce e se constitui na oração, estudo e confraternização.
No final desse encotro, fortalecidos pela oração e a macarronada, srsrsrsrssrsr, os universitários decidiram providenciar mudas de plantas que serão plantadas nas ruas do percurso  da procissão do Domingo de Ramos. Parabéns a todos por essa feliz iniciativa.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Quaresma, kairós de conversão

 
Com o simbolismo do rito da imposição das cinzas, inicia-se o Tempo da Quaresma. Na tradição litúrgica latina, impõem-se as cinzas sobre a cabeça de quem deseja recebê-las e o ministrante repete de forma alternativa como se entoasse o refrão de um antifonário: “lembra-te que tu és pó e em pó te tornarás” e ou “convertei-vos e crede no Evangelho”. Esse apelo é o constitutivo do itinerário para a Páscoa de Cristo, o maior evento do cristianismo, a maior festa da Igreja. Essas palavras soam mais forte que um convite. Elas constituem uma exortação, um apelo amoroso do Senhor, o Esposo, ao coração da Igreja, a sua amada. Dizer “recorda-te que tu és pó” é levar cada pessoa a pensar na sua própria condição de fragilidade humana, mas não é uma condição desprezível, um pó insignificante, como disse o Papa Bento XVI: “somos pó, mas um pó amado por Deus”.
O rito singelo da imposição das cinzas fala com eloqüência sobre o sentido da Quaresma, kairós de conversão. Por kairós, entendemos que é o tempo de Deus. Tempo impregnado da presença do eterno, por isso o tempo quaresmal é compreendido como um tempo favorável à conversão. Tempo de mudança no ritmo de impostação da vida. Daí a necessidade do jejum e da oração que levem à prática efetiva da caridade.                                                     
Segundo o Papa Leão Magno, o jejum não significa só privar-se de alimento, “mas sobretudo abster-se do pecado”. A oração é a luz da alma, assim dizia outro antigo escritor sagrado. “Ela nos leva à presença de Deus, alegra a alma e tranqüiliza o coração”. A oração torna o orante resplandecente. Ela ilumina nosso agir e faz com que nossas ações sejam o prolongamento do agir de Deus no mundo. A caridade é fruto da oração e é a forma visível do cristão atualizar o agir de Deus na história.
Durante a Quaresma deste ano, temos a oportunidade de refletir sobre a vida no planeta. Sabemos que a criação toda continua gemendo em dores de parto (Rm 8,22) pelo modo como vem sendo tratada. Nosso planeta passa por um assustador aquecimento e isso tem causado sérias mudanças climáticas. Por isso urge uma conversão cósmica, uma mudança universal de atitudes, um desejo pungente de reconciliação com a natureza.                                         
 Porém, a reconciliação com a criação só será possível se, antes de tudo, o homem se reconciliar e estiver em paz com o Criador. Sem uma sincera reconciliação com Deus Pai e Criador não há reconciliação ecológica e, por conseguinte, não haverá fraternidade e vida no planeta. A terra está gemendo por uma ética do cuidado e o mar está gritando para que a criatura crente e pensante seja mais profética e audaciosa na defesa de toda a criação. Que o itinerário quaresmal nos faça mais humanos, mais sensíveis e mais cuidadosos. Assim, a Quaresma será kairós, isto é, tempo impregnado da presença de Deus.  
C

Retiro em Morrinhos com os Candidatos ao Diaconato e suas esposas - Dia 13-03-2011

Início das meditações com os aspirantes ao diaconato e suas esposas. Tudo a partie de Jr 1, 1-9 e Jr 20,7. "Seduziste-me Senhor e eu me deixei seduzir".
Momento de confraternização com a presença do Padre Fernando da Paróquia Cristo Redentor.
Aspirantes ao diaconato e esposas acompanham atentamente o texto bíblico. O Sínodo sugere que coloque em maior evidência  a importância da Palavra de Deus, da sua escuta e leitura orante.
Na Escritura, encontramos Jesus Cristo e nossa vocação à santidade no seguimento a ele. Pela sua Palavra ele nos chama a sermos santos e íntegros diante dele no amor Ef 1,4.
A Palavra de Deus tem um lugar especial na vida daqueles que são chamados ao diaconato. Da familiaridade com a Palavra derivam a identidade e a espiritualidade do diácono como servidor do reino e da Igreja.

quinta-feira, 10 de março de 2011

ENCONTRO DA PASTORAL UNIVERSITÁRIA


Encontro com Grupo de Jovens Universitários, no Sábado de Carnaval (05-03-2011)
Local: Espaço Social da Pioner - Itumbiara-GO

 Jovens Pastoral Universitária - Momento de Lazer após delicioso Churrasco Universitário
O que é a Pastoral Universitária?
A Pastoral Universitária é uma articulação de universitários cristãos procurando construir o Reino e ser Igreja no Mundo da Universidade. Como o protagonismo é dos estudantes universitários, ela é chamada de Pastoral Universitária, isto é, uma resposta evangelizadora junto ao mundo da universidade.
Surgida ainda no final da década de 70 como herdeira "natural" da extina Juventude Universitária Católica protagonizada por estudantes universitários cristãos abertos ao ecumenismo.

 Jovens Pastoral Universitária - Momento de Interação

Qual a finalidade e Missão da Pastoral Universitária?
A missão dos grupos da PU é fundamentalmente evangelizar o mundo universitário, sendo que, sua primeira ação ocorre com a própria constituição do grupo. Este grupo quer dar ao estudante universitário a oportunidade de aprofundar seu projeto existencial científico. Assim, o que caracteriza a mística e a espiritualidade da PU é sua capacidade de incorporar a vocação crítica da própria universidade.
Como são os grupos da Pastoral Universitária?
São grupos que buscam construir uma convivência fraterna baseada na oração, reflexão, partilha e vivência da Fé a partir de ações em sua realidade universitária. A motivação religiosa é o maior impulso para as realizações do universitário.
No grupo da PU todos são participantes. Ninguém vai lá para fazer número. Todos têm voz e vez. O Universitário que começa a participar de um grupo de PU passa por três momentos distintos e indispensáveis, que são:
Nucleação: é o momento em que o universitário decide a fazer parte do grupo. É o momento do envolvimento do universitário com os colegas do grupo com a PU.
Iniciação:  começa com a vivência e convivência no grupo. Cada um deve sentir-se amado por todos e abrir-se para amar a todos sem preconceito e sem pretensão. O grupo passa a ser uma necessidade. Cada um vai procurando ser responsável pelo crescimento e amadurecimento do grupo. Procurando uma relação agradável, respeitando a opinião do outro, a liberdade e a criatividade de cada um.
Militância:  nasce do confronto com a realidade e da reflexão crítica que a leitura de certos artigos, filmes, textos bíblicos, visitas às pessoas carentes. Tudo isso, refletido e discutido no grupo, ajuda o jovem a deixar a indiferença e tomar gosto pelo processo de mudança em todos os sentidos. A geração universitária dos anos 60 e 80 marcaram a história. Era uma geração audaciosa e de alto senso crítico. Hoje, temos muitos jovens inteligentes e com muitos recursos na mão, porém, muitos são alienados. Na fase da militância, o universitário cristão começa a adquirir uma nova visão do mundo e começa a comprometer-se com a sociedade e com a Igreja.
Momento em que o grupo de Universitários faziam a Lectio Divina, isto é, Leitura Orante da Palavra de Deus
  
O que pretende a Pastoral Universitária?
Queremos ajudar os universitários a aprofundar seu projeto existencial vocaconal e científico. Assim, fica caracterizada a mística e a espiritualidade da PU. Pois ela busca incorporar a vocação crítica da universidade e seu compromisso com a verdade sobre Deus, o mundo e o ser humano. Um cristão sem mística é como um universitário sem militância. E o que podemos dizer de um universitário cristão sem mística e sem militância??? 

Padre Joaquim Cavalcante: Assistente Diocesano da Pastoral Universitária

Quaresma, tempo de exigência inovadora para a páscoa.

 Quaresma, tempo de exigência inovadora para a páscoa.
Pe.  Joaquim Cavalcante
Nesse primeiro domingo da Quaresma, contemplamos, por meio do Evangelho de Mateus, a cena em que Jesus, o Filho de Deus, é tentado por Satanás, no deserto. Devemos pensar que a simbologia do deserto define a situação da Igreja e de cada um de nós no mundo e na história. Revestidos do Espírito de Deus somos chamados a viver no mundo, sem ser do mundo. Somos tentados, constantemente, a nos encantar e perder nas realidades deste mundo. 
No deserto da história, somos tentados a cultivar uma fé que se horizontaliza perdida nos critérios do mundo. No deserto deste mundo, Cristo continua sendo tentado na pessoa de cada cristão. A força para resistir vem da Palavra de Deus e do Pão do Céu, a Eucaristia.
           Estou certo de que esta imagem bíblica, do deserto, nos introduz nos grandes mistérios das Catequeses Quaresmais deste ano. Pois nossa missão e “a missão da Igreja na sociedade em que vivemos se realiza na tensão de amar o mundo, sem se identificar com ele”. A razão é a seguinte: a mensagem de que a Igreja é portadora e tem a capacidade de surpreender, fascinar, seduzir e rasgar caminhos para o paradoxo da fé e da esperança.
O “deserto” onde é preciso rasgar caminhos novos, pode ser a sociedade em que vivemos, ela parece, cada vez mais, indiferente às exigências do Reino de Deus e a proposta do Evangelho.
 Assim, podemos dizer que a Quaresma é um lugar teológico e um tempo santo com exigência inovadora para a celebração da Páscoa de Cristo. Como lugar teológico, a Quaresma é caminho de intensidade espiritual.  Como tal, há um apelo profético pedindo o abandono progressivo da prática religiosa com acentuado cisma entre fé e vida.
Como tempo de conversão, a Quaresma incita o crente à coerência. Isso se dá na dinâmica da conversão que pede ternura, paciência, tolerância e audácia. A audácia motiva para rasgar caminhos e ultrapassar limites no seguimento de Cristo. A vida se transforma na pedagogia da sedução iluminada pela Palavra que salva e santifica.
A mística quaresmal exige que os cristãos aprofundem as razões da sua fé. Esta não é, apenas, um sentimento religioso ou uma tradição. A fé bíblica é adesão da inteligência e do coração e se fundamenta e apóia na razão.
O mundo é o nosso deserto. Por isso devemos vencer a tentação de transformar a fé em sentimento religioso intimista e sem incidência social que transforme o mundo.
Pe.  Joaquim Cavalcante é professor de teologia e Pároco de São Pedro e São Paulo.