quinta-feira, 31 de março de 2011

Macarronada da Pastoral Universitária

No último dia 26 de março, alguns jovens da Pastoral Universitária se reuniram na casa paroquial, assistiram o DVD sobre a Campanha da Fraternidade 2011, debateram alguns momentos sobre a vida no planeta, depois, foi servida uma deliciosa macarronada, como de costume, preparada por eles mesmos.
Uma Pastoral cresce e se constitui na oração, estudo e confraternização.
No final desse encotro, fortalecidos pela oração e a macarronada, srsrsrsrssrsr, os universitários decidiram providenciar mudas de plantas que serão plantadas nas ruas do percurso  da procissão do Domingo de Ramos. Parabéns a todos por essa feliz iniciativa.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Quaresma, kairós de conversão

 
Com o simbolismo do rito da imposição das cinzas, inicia-se o Tempo da Quaresma. Na tradição litúrgica latina, impõem-se as cinzas sobre a cabeça de quem deseja recebê-las e o ministrante repete de forma alternativa como se entoasse o refrão de um antifonário: “lembra-te que tu és pó e em pó te tornarás” e ou “convertei-vos e crede no Evangelho”. Esse apelo é o constitutivo do itinerário para a Páscoa de Cristo, o maior evento do cristianismo, a maior festa da Igreja. Essas palavras soam mais forte que um convite. Elas constituem uma exortação, um apelo amoroso do Senhor, o Esposo, ao coração da Igreja, a sua amada. Dizer “recorda-te que tu és pó” é levar cada pessoa a pensar na sua própria condição de fragilidade humana, mas não é uma condição desprezível, um pó insignificante, como disse o Papa Bento XVI: “somos pó, mas um pó amado por Deus”.
O rito singelo da imposição das cinzas fala com eloqüência sobre o sentido da Quaresma, kairós de conversão. Por kairós, entendemos que é o tempo de Deus. Tempo impregnado da presença do eterno, por isso o tempo quaresmal é compreendido como um tempo favorável à conversão. Tempo de mudança no ritmo de impostação da vida. Daí a necessidade do jejum e da oração que levem à prática efetiva da caridade.                                                     
Segundo o Papa Leão Magno, o jejum não significa só privar-se de alimento, “mas sobretudo abster-se do pecado”. A oração é a luz da alma, assim dizia outro antigo escritor sagrado. “Ela nos leva à presença de Deus, alegra a alma e tranqüiliza o coração”. A oração torna o orante resplandecente. Ela ilumina nosso agir e faz com que nossas ações sejam o prolongamento do agir de Deus no mundo. A caridade é fruto da oração e é a forma visível do cristão atualizar o agir de Deus na história.
Durante a Quaresma deste ano, temos a oportunidade de refletir sobre a vida no planeta. Sabemos que a criação toda continua gemendo em dores de parto (Rm 8,22) pelo modo como vem sendo tratada. Nosso planeta passa por um assustador aquecimento e isso tem causado sérias mudanças climáticas. Por isso urge uma conversão cósmica, uma mudança universal de atitudes, um desejo pungente de reconciliação com a natureza.                                         
 Porém, a reconciliação com a criação só será possível se, antes de tudo, o homem se reconciliar e estiver em paz com o Criador. Sem uma sincera reconciliação com Deus Pai e Criador não há reconciliação ecológica e, por conseguinte, não haverá fraternidade e vida no planeta. A terra está gemendo por uma ética do cuidado e o mar está gritando para que a criatura crente e pensante seja mais profética e audaciosa na defesa de toda a criação. Que o itinerário quaresmal nos faça mais humanos, mais sensíveis e mais cuidadosos. Assim, a Quaresma será kairós, isto é, tempo impregnado da presença de Deus.  
C

Retiro em Morrinhos com os Candidatos ao Diaconato e suas esposas - Dia 13-03-2011

Início das meditações com os aspirantes ao diaconato e suas esposas. Tudo a partie de Jr 1, 1-9 e Jr 20,7. "Seduziste-me Senhor e eu me deixei seduzir".
Momento de confraternização com a presença do Padre Fernando da Paróquia Cristo Redentor.
Aspirantes ao diaconato e esposas acompanham atentamente o texto bíblico. O Sínodo sugere que coloque em maior evidência  a importância da Palavra de Deus, da sua escuta e leitura orante.
Na Escritura, encontramos Jesus Cristo e nossa vocação à santidade no seguimento a ele. Pela sua Palavra ele nos chama a sermos santos e íntegros diante dele no amor Ef 1,4.
A Palavra de Deus tem um lugar especial na vida daqueles que são chamados ao diaconato. Da familiaridade com a Palavra derivam a identidade e a espiritualidade do diácono como servidor do reino e da Igreja.

quinta-feira, 10 de março de 2011

ENCONTRO DA PASTORAL UNIVERSITÁRIA


Encontro com Grupo de Jovens Universitários, no Sábado de Carnaval (05-03-2011)
Local: Espaço Social da Pioner - Itumbiara-GO

 Jovens Pastoral Universitária - Momento de Lazer após delicioso Churrasco Universitário
O que é a Pastoral Universitária?
A Pastoral Universitária é uma articulação de universitários cristãos procurando construir o Reino e ser Igreja no Mundo da Universidade. Como o protagonismo é dos estudantes universitários, ela é chamada de Pastoral Universitária, isto é, uma resposta evangelizadora junto ao mundo da universidade.
Surgida ainda no final da década de 70 como herdeira "natural" da extina Juventude Universitária Católica protagonizada por estudantes universitários cristãos abertos ao ecumenismo.

 Jovens Pastoral Universitária - Momento de Interação

Qual a finalidade e Missão da Pastoral Universitária?
A missão dos grupos da PU é fundamentalmente evangelizar o mundo universitário, sendo que, sua primeira ação ocorre com a própria constituição do grupo. Este grupo quer dar ao estudante universitário a oportunidade de aprofundar seu projeto existencial científico. Assim, o que caracteriza a mística e a espiritualidade da PU é sua capacidade de incorporar a vocação crítica da própria universidade.
Como são os grupos da Pastoral Universitária?
São grupos que buscam construir uma convivência fraterna baseada na oração, reflexão, partilha e vivência da Fé a partir de ações em sua realidade universitária. A motivação religiosa é o maior impulso para as realizações do universitário.
No grupo da PU todos são participantes. Ninguém vai lá para fazer número. Todos têm voz e vez. O Universitário que começa a participar de um grupo de PU passa por três momentos distintos e indispensáveis, que são:
Nucleação: é o momento em que o universitário decide a fazer parte do grupo. É o momento do envolvimento do universitário com os colegas do grupo com a PU.
Iniciação:  começa com a vivência e convivência no grupo. Cada um deve sentir-se amado por todos e abrir-se para amar a todos sem preconceito e sem pretensão. O grupo passa a ser uma necessidade. Cada um vai procurando ser responsável pelo crescimento e amadurecimento do grupo. Procurando uma relação agradável, respeitando a opinião do outro, a liberdade e a criatividade de cada um.
Militância:  nasce do confronto com a realidade e da reflexão crítica que a leitura de certos artigos, filmes, textos bíblicos, visitas às pessoas carentes. Tudo isso, refletido e discutido no grupo, ajuda o jovem a deixar a indiferença e tomar gosto pelo processo de mudança em todos os sentidos. A geração universitária dos anos 60 e 80 marcaram a história. Era uma geração audaciosa e de alto senso crítico. Hoje, temos muitos jovens inteligentes e com muitos recursos na mão, porém, muitos são alienados. Na fase da militância, o universitário cristão começa a adquirir uma nova visão do mundo e começa a comprometer-se com a sociedade e com a Igreja.
Momento em que o grupo de Universitários faziam a Lectio Divina, isto é, Leitura Orante da Palavra de Deus
  
O que pretende a Pastoral Universitária?
Queremos ajudar os universitários a aprofundar seu projeto existencial vocaconal e científico. Assim, fica caracterizada a mística e a espiritualidade da PU. Pois ela busca incorporar a vocação crítica da universidade e seu compromisso com a verdade sobre Deus, o mundo e o ser humano. Um cristão sem mística é como um universitário sem militância. E o que podemos dizer de um universitário cristão sem mística e sem militância??? 

Padre Joaquim Cavalcante: Assistente Diocesano da Pastoral Universitária

Quaresma, tempo de exigência inovadora para a páscoa.

 Quaresma, tempo de exigência inovadora para a páscoa.
Pe.  Joaquim Cavalcante
Nesse primeiro domingo da Quaresma, contemplamos, por meio do Evangelho de Mateus, a cena em que Jesus, o Filho de Deus, é tentado por Satanás, no deserto. Devemos pensar que a simbologia do deserto define a situação da Igreja e de cada um de nós no mundo e na história. Revestidos do Espírito de Deus somos chamados a viver no mundo, sem ser do mundo. Somos tentados, constantemente, a nos encantar e perder nas realidades deste mundo. 
No deserto da história, somos tentados a cultivar uma fé que se horizontaliza perdida nos critérios do mundo. No deserto deste mundo, Cristo continua sendo tentado na pessoa de cada cristão. A força para resistir vem da Palavra de Deus e do Pão do Céu, a Eucaristia.
           Estou certo de que esta imagem bíblica, do deserto, nos introduz nos grandes mistérios das Catequeses Quaresmais deste ano. Pois nossa missão e “a missão da Igreja na sociedade em que vivemos se realiza na tensão de amar o mundo, sem se identificar com ele”. A razão é a seguinte: a mensagem de que a Igreja é portadora e tem a capacidade de surpreender, fascinar, seduzir e rasgar caminhos para o paradoxo da fé e da esperança.
O “deserto” onde é preciso rasgar caminhos novos, pode ser a sociedade em que vivemos, ela parece, cada vez mais, indiferente às exigências do Reino de Deus e a proposta do Evangelho.
 Assim, podemos dizer que a Quaresma é um lugar teológico e um tempo santo com exigência inovadora para a celebração da Páscoa de Cristo. Como lugar teológico, a Quaresma é caminho de intensidade espiritual.  Como tal, há um apelo profético pedindo o abandono progressivo da prática religiosa com acentuado cisma entre fé e vida.
Como tempo de conversão, a Quaresma incita o crente à coerência. Isso se dá na dinâmica da conversão que pede ternura, paciência, tolerância e audácia. A audácia motiva para rasgar caminhos e ultrapassar limites no seguimento de Cristo. A vida se transforma na pedagogia da sedução iluminada pela Palavra que salva e santifica.
A mística quaresmal exige que os cristãos aprofundem as razões da sua fé. Esta não é, apenas, um sentimento religioso ou uma tradição. A fé bíblica é adesão da inteligência e do coração e se fundamenta e apóia na razão.
O mundo é o nosso deserto. Por isso devemos vencer a tentação de transformar a fé em sentimento religioso intimista e sem incidência social que transforme o mundo.
Pe.  Joaquim Cavalcante é professor de teologia e Pároco de São Pedro e São Paulo.