quarta-feira, 3 de agosto de 2011

MISSA EM CROMÍNIA (ANO JUBILAR)









Início da celebração eucarística na matriz de Cromínia dia 23 de julho 2011.




A ti, senhor, suba nosso prece como a fumaça do incenso sobe aos ceus.


Encontro com os ex coroinhas.  



Ézio Arantes Pascoal, meu primeiro coroinha, na procissão das oferendas.



Sargento Rogério foi coroinha em Marcianópolis.



Segue parte da homilia pronunciada naquela celebração. (Ev. Mt. 13,44-52).
 “O reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido no campo, é semelhante a um negociante que procura pérolas preciosas e é semelhante a uma rede jogada ao mar”.



Nós vivemos neste mundo proliferado de valores efêmeros e transitórios. Por isso muitos podem perguntar: por que o reino dos céus é este tesouro absoluto e incomparável?  A resposta parece-me muito simples. O reino é uma pessoa, é Jesus e só nele encontramos a salvação. O reino de Deus é a riqueza que nenhuma riqueza pode dá, é o tesouro que brilha mais que sol, por causa dele, vale a pena investir todo o tesouro que já se adquiriu. Nele e por ele, vale a pena investir a própria vida.





Irmãos e irmãs, a força, os sinais e o mistério do reino estão entre nós. Esta é a razão maior que nos congrega ao redor deste altar. Vim celebrar com vocês os meus 25 anos de ordenação presbiteral. Quanta graça! Aqui, vivi seis anos. Hoje, volto para celebra e bem dizer a Deus com vocês. Vocês são parte do que tenho e do que sou. E, se não sou nada, eu seria bem menos sem vocês.




Por causa desse reino, sou padre. E tudo que deixei por esta causa tornou-se insignificante diante da grandeza e da beleza do tesouro que encontrei. Pelo reino, vale a pena deixar tudo. 



A significativa comunhão e solidariedade do Padre Rubem e Pe. Alessandro.




Celebrar 25 anos de ministério presbiteral é celebrar a paternidade sacerdotal.
Olho para estes meus ex-coroinhas e me sinto como aquele pai de família de que fala o Salmo 111. O salmista diz que o homem que teme e serve o senhor tem uma descendência forte e abençoada sobre a terra. Nessa mesma mística, diz o salmo 127: “Feliz és tu se temes o Senhor e anda nos seus caminhos. Do trabalho de tuas mãos hás de viver, serás feliz, tudo irá bem”.




Irmãos, o altar é a verdadeira mesa, é o lugar central do ministério da paternidade sacerdotal. É nesta pequena área alta que quer dizer altar, que o inefável tesouro se esconde sob as espécies do pão e do vinho. “Na santíssima Eucaristia está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo...” (Papa Bento XVI, Sacramentum Caritatis,16).



Queridos coroinhas, ao redor desta mesa santa, mesa do banquete pascal, eu olho para vocês e vejo os meninos e as meninas de outrora. Reluto para vê-los rapazes e moças, esposos e esposas, pais e mães de família (e um já sendo avô), procuro  vê-los advogados, professores, administradores, políticos, e profissionais de outras áreas. Isso me faz muito feliz, mas para mim vocês são sempre crianças. 




Certa vez, um pai se família me disse que para um pai os filhos nunca crescem, agora,  eu entendo aquela afirmativa. Confesso-lhes, sem nenhuma pretensão, nesta noite cheia de recordações, sinto-me como aquele pai cercado de rebentos de oliveira ao redor desta mesa da Eucaristia.
Sou feliz sim, Senhor, ao ver esta geração gestada nas estranhas do meu coração sacerdotal. Tenho consciência: a esta geração, dei a luz da fé pelo ministério minha pregação e tudo que é inerente ao ministério sacerdotal. 




Meus ex-coroinhas, queridos filhos e filhas, devo dizer-lhes uma coisa que considero útil: mais importante que ter sido coroinha de um padre é ser um cristão operante na Igreja de Jesus Cristo. Quem cresceu ao lado do altar nunca deve sentir-se bem longe dele. Seria uma terrível contradição servir o altar quando  criança e virar as costas para ele depois de adulto.




É verdade que uns plantam e outros regam, mas é Deus quem faz frutificar. Alegra-me ver os frutos daquelas sementes lançadas por aquele semeador, há mais de 20 anos. Quanta alegria  reencontrá-los aqui, dentro desta igreja.





Agora chegou o momento difícil: meu coração pede silêncio, minha alma pede reverência e minha memória pede recordação. Tudo isso num misto de emoção à flor da pele e de gratidão imensurável. A fé faz ver a liturgia da terra como antegozo da liturgia celeste e nos une à assembleia dos redimidos. Por isso em cada um de vocês ex-coroinhas, eu abraço, deste altar, os seus colegas que já estão na eternidade. Aqueles e aquelas que com vocês serviam o altar Senhor e agora já se encontram diante do trono do Cordeiro, no Santuário do céu.


Daqui de Cromínia, recordamos:
Patrícia, Ramon, Ivo, Welder, Ronaldo. De Professor Jamil, recordamos: Márcio, Luciano e Rafael. A última que nos deixou foi Paula de Paula da cidade de Mairipotaba. Em vocês, eu os abraço, pela fé, na memória do coração. Abraço, também, os que estão vivendo fora do Brasil e os que não puderam vir. Tenho todos aqui presentes. 




Meus irmãos, os falecidos estão na eternidade. A eternidade é o ser humano compreendido fora das restrições da finitude. Morrer é transcender e a transcendência é a superação de tudo que nos impede de entrar no reino. Pela fé na ressurreição transcendemos o mistério da morte. Por isso o ritual do sepultamento não é a sentença que decreta o fim último do ser humano. Descer ao túmulo é desferir um voo para o trono da glória.




Meu coração abraça toda a comunidade de Maripotaba e de Professor Jamil. Abraça as comunidades rurais e todos os demais irmãos e irmãs que vieram de outros lugares para esta celebração.




A vocês meus ex- paroquianos de Cromínia e meus concidadãos crominienses, meu muito obrigado pelo convite para presidir esta celebração. Obrigado por ter sido minha família por seis anos.



Ex coroinhas ainda solteiros.


Os santos beatos.



As devotíssimas de Santo Antonio.
Continuação da homilia: Obrigado por nunca ter me abandonado, nem mesmo quando estive fora do Brasil. Pois, em um dos momentos mais significativos da minha vida, do outro lado do Oceano, em uma das salas da Pontifícia Universidade Gregoriana. Cromínia estava do meu lado na pessoa da Sirley Amaral e minha família estava presente na pessoa do meu sobrinho Janivaldo Rocha.




Às ex-coroinhas Márcia e Rosângela e todos que colaboraram para que nos encontrássemos aqui, nesta noite, ao redor deste altar da Eucaristia, meu reconhecimento profundo e sincero.



Cresça nossa comunhão e nossa fé como estas palmeiras que plantamos juntos naquele fim de tarde, parecido com o início desta noite inesquecível.




Deus, hoje, se serve delas para acenar para cada um nós como que aplaudindo, do céu, o que estamos realizando, no interior desta igreja. Que esta ocasião seja para nós uma oportunidade singular para reconhecermos a presença do reino em nosso meio e por meio da nossa presença. “Onde dois ou mais estiverem reunidos, em meu nome, eu estarei no meio deles”.






Dentro de alguns momentos, diremos: “eis o cordeiro de Deus! A eucaristia é o Cordeiro Imolado, é o tesouro colocado sobre o altar. Ele-se dá em comunhão e se esconde dentro de nós, para fazer-se descobrir por nós, pelo mistério da fé. Assim seja!



Na singeleza do pão e na fragrância do vinho, o sabor da salvação.



COM O MAIS SINCERO AGRADECIMENTO A TODOS. 

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Homilia na Solenidade dos Santos Apostóstolos Pedro e Paulo

Homilia na solenidade dos Santos Apóstolos Pedro e Paulo
Pe. Joaquim Cavalcante
“Pedro, tu me amas? Sim Senhor, tu sabes que te amo. Apascenta as minhas ovelhas”.
O amor não é um mero conceito fruto do imaginário humano. O amor é um legado da fé.  Quando o amor é movido pela fé leva o homem a abraçar responsabilidades infinitamente maiores que suas condições e possibilidades.
Quem poderia imaginar que um frágil pescador das margens solitárias do mar da Galileia pudesse ser escolhido para presidir a Igreja, neste mundo em nome do Filho de Deus? Fico impressionado diante deste texto que acabamos de ouvir, porque Jesus não perguntou se Pedro tinha algum doutorado em teologia, não perguntou se Pedro era poliglota, não perguntou se Pedro era experto em economia e administração, não perguntou se quer se Pedro era um bom pescador.
Antes de confiar a um homem a maior responsabilidade na Igreja isto é, a grave responsabilidade de presidi-la em nome dele, Jesus quis obter de Pedro a certeza da fé pela confissão publica do amor.
O amor sem a fé pode ser manifestado publicamente, da mesma forma em que publicamente ele pode ser traído. Só Deus é fiel no amor. O amor não nos isenta das fraquezas humanas, ele nos dá força para sermos ousados na fé, apesar das fraquezas.
É verdade que esse risco aconteceu com Pedro antes que a sua fé fosse tocada pelo mistério da páscoa de Cristo.
No evangelho que acabamos de ouvir, Pedro, por três vezes, garante que ama a Cristo, mas no momento da provação, às portas do Cinéreo de Jerusalém, por três vezes, nas primícias daquela madrugada grávida de sangue e terror, interrogado por um dos soldados romanos, ele disse categoricamente que não conhecia Jesus e que não fazia parte do grupo daqueles que o seguiam.
O drama de Pedro na confissão e na oscilação da fé pode ser o drama de cada um de nós aqui dentro desta Igreja. Ás vezes, dizemos que cremos e amamos, outras vezes, negamos e traímos. Assim é o ser humano, mas Deus nunca deixou de confiar em nós.
Comovente é o outro diálogo entre Jesus e os discípulos narrado pelo Evangelista Mateus (Mt 16,13-19).  Jesus os interroga sobre o que diziam as pessoas sobre ele. Pedro toma a palavra como intérprete da fé do grupo apostólico e faz a confissão universal da fé cristã e da fé da Igreja dizendo: “tu és o Cristo o Filho do Deus vivo”.
Jesus faz um belíssimo elogio a Pedro dizendo “não foi a carne nem a vontade humana que ti revelaram isso, mas meu Pai que está no céu, por isso eu te declaro: tu és Pedro e sobre esta pedra eu edificarei a minha Igreja”.
Meus irmãos, os homens fracionaram o cristianismo e criaram múltiplas igrejas, Cristo não disse minhas igrejas, ele criou uma e a chamou de “minha Igreja”.
Escolheu Pedro para ser o seu legítimo representante no governo da Igreja, Pedro foi o primeiro Papa e na ininterrupta sucessão Apostólica Pedro, hoje, é Bento XVI. Não podemos celebrar esta Solenidade litúrgica sem pensar no ministério e na pessoa de Pedro refigurada na pessoa e no ministério do Bispo de Roma, o Papa Bento XVI. 
A Igreja não é santa por causa das pessoas que a conduzem aqui na terra, a Igreja é santa porque ela é de Cristo. Por isso podemos dizer com a convicção da fé: “creio na Igreja, Una, Santa, Católica e Apostólica”.
São muitos os que já traíram a Cristo na Igreja, nem por isso ela deixa de ser de Cristo. A Igreja é de Cristo não pela fidelidade das pessoas a Cristo e sim pela fidelidade de Cristo à Igreja. Tal fidelidade, devemos corresponder até à morte se necessário for. Cada vez que somos chamados a exercer algum serviço na comunidade, o Senhor continua dando prova do seu infinito amor e da sua confiança para com cada um de nós.
Hoje, alguns meninos passarão a servir o altar do Senhor como acólitos e alguns adultos passarão a fazer parte do Conselho Administrativo Paroquial. Como é bonito ver os fiéis exercendo alguma função na comunidade. Cada serviço assumido é uma forma de viver a vocação batismal. É uma maneira de seguir e servir ao Senhor.
O Evangelho que acabamos de ouvir termina com o convite de Jesus: “segue-me’”. Nossa fé e o nosso amor ao Senhor só amadurecem no seguimento. Primeiro ele nos convida a segui-lo, depois ele nos pergunta se o amamos, por último ele nos convida a assumir uma função na sua igreja, um serviço na comunidade da qual fazemos parte.  Pedro aceitou apascentar o rebanho do Senhor e nós estamos fazendo a nossa parte???


quinta-feira, 23 de junho de 2011

Eis o Mistério da fe!



               Pe.  Joaquim Cavalcante
Nesta semana, celebra-se a festa de Corpus Christi, a festa do mistério em torno do qual gira a vida da Igreja. A missa seguida de uma solene procissão não é nem ostentação, nem triunfalismo, é testemunho, é manifestação de compromisso pessoal e eclesial com o Senhor que deu a vida para que o mundo tenha a vida em plenitude. A vida plena é a vida em Cristo.
Celebrar é tocar o mistério com as próprias mãos. O mistério pensado e sistematizado no dogma e na teologia é celebrado na liturgia como mistério fascinante. Emocionar diante do mistério é pouco. Toda inteligência se aterra e todo joelho se dobra diante dele.
O mistério da Eucaristia é a clareira aberta, é presença que interpela em estado sacramental, o infinito impensado resplandece no fragmento do papão e na fragrância do vinho. Quanto mais simples é a beleza, mais o mistério resplandece.
Na forma sacramental do pão e do vinho o mistério se explicita. Não é enigma, é clareira do Aberto, como dizia Heidegger, aonde a presença vai se desvelando. O desvelamento do mistério suscita o desejo de degustar o eternamente divino e santo. “Provai e vede quão suave é o Senhor”! (Sl 33). Convite irresistível para quem já fez a experiência. Apelo estendido a todo viandante pelas sendas do mundo. O mistério degustado tem o sabor da fé professada no ritmo da vida que exala testemunho e no rito da páscoa que a Igreja celebra e atualiza, no mundo, todo dia, do nascer ao por do sol.
A patena, como diz Teilhard de Chardin, contém todo o mundo. Pequeno prato que traz dentro de si o pão que era grãos colhidos dos trigais aos pés das montanhas, campos e outeiros. No cálice está o vinho dádiva das parreiras cultivadas pelas mãos humanas por entres baixadas e altiplanos de alguma parte do mundo. Pão e vinho são frutos da terra e do trabalho humano. Eucaritizados são alimentos para a vida eterna.
Olho a patena e a elevo com as mãos trêmulas vendo nela o trono do paradoxo da fé. A unidade do pão fracionado que se eleva sobre o altar evoca comunhão em meio ao mundo dilacerado pela guerra e a violência. O pão do céu é partido e distribuído para unir os dispersos e divididos. Ele fortalece os enfraquecidos levanta os  caídos.
O mistério da fé é o mistério da Trindade e da Igreja. É o mistério da divina liturgia centrado na pessoa do Cordeiro imolado e ressuscitado.
Ó sagrado convívio (sacrum convivium), já dizia Santo Tomás de Aquino: “com devoção te adoro, latente divindade, que, sob essas figuras, te escondes na verdade”. Mistério insondável, pão santificador, mistério infinito, despertai em nós o irresistível desejo de gritar: “Senhor, fazei de nós um só corpo e um só espírito”.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Pentecostes, a Festa do Espírito Santo


Pe. Joaquim Cavalcante
Conforme a narrativa dos Atos dos Apóstolos, a Festa de Pentecostes é a visisualização do insondável mistério de Deus. Um antigo hino das Vésperas de Pentecostes da Liturgia Bizantina cantado depois da comunhão diz: “vimos a verdadeira luz, recebemos o Espírito celeste, encontramos a verdadeira fé, adoramos a Trindade indivisível, pois foi ela quem nos salvou” (CIC, 732). 
Na verdade, quando recebemos a Eucaristia, recebemos o Espírito Santo. Pois, é  por meio da ação do Espírito que a presença sacramental de Jesus é atualizada entre nós. Assim, o Espírito Santo a é a presença e a ação de Deus na realidade da Igreja e na vida de cada pessoa.
O mistério de Pentecostes refigura o invisível e enche o mundo daquela glória que Moises desejou ver. Moises disse: “rogo-te que me mostre a tua glória”. Ex 33,18. O Senhor o respondeu dizendo que faria passar diante dele a sua beleza. Sabe-se que o verdadeiro fulgor da beleza eterna se dá no esplendor do rosto do Verbo que se fez carne.
A encarnação do Verbo revela ao mundo o verdadeiro rosto e a verdadeira beleza de Deus. O Espírito Santo é o iconógrafo desse mistério inefável. Pela ação do Santo Espírito, o Verbo eterno se fez pessoa.  E, nele, contemplamos o rosto divino de Deus que assumiu nossa humanidade.
Celebrar o mistério de Pentecostes é celebrar o dilúvio do Espírito na Igreja e em nossa vida. Assim como no dia de Pentecostes, ele continua descendo e agindo no mundo. A ação do Espírito no dia de Pentecostes é descrita com traços semelhantes à teofania do Sinai (cf. Ex 19,16-20 e At 2). Tudo fala do mistério do mesmo Deus que na distinção de pessoas continua agindo na história, no mundo e na nossa existência. As “chamas de fogo” que desciam sobre as pessoas as tornavam incandescentes e repletas da luz inacessível.
O evento de Pentecostes é a configuração daquele fogo de que fala o Evangelho de Lucas “eu vim trazer fogo à terra e como eu gostaria que já estivesse aceso”!
Lc 12, 49. Na simbologia bíblica, as línguas de fogo são imagens visíveis da presença invisível do Espírito. Vale recordar que na sistematização do dogma trinitário e no Símbolo da fé, o Espírito procede do Pai e do Filho. Pentecostes é o cumprimento das promessas de Jesus aos seus discípulos. Com o Pai, ele o ressuscitado, dá o Espírito à sua Igreja, por meio da qual ele continua agindo no mundo, depois da sua ascensão ao céu.
Segundo J.  Moltmann, na sua obra “El Espiritu de la vida”, quando Jesus expressa seu desejo de trazer fogo à terra, ele não está aludindo a um incêndio apocalíptico do mundo e sim  a irrupção do reino de Deus mediante a efusão do Espírito Santo sobre toda carne” (p. 302).
A carne sobre a qual o Espírito foi derramado torna-se uma existência iluminada. Penso que, nesse sentido, quando o Apóstolo fala que o Espírito foi derramado em nosso coração Gl 4,6, acontece um verdadeiro Pentecostes existencial que suscita a êxtase espiritual.  Entendo êxtase espiritual como a imersão da totalidade do “eu” existencial na plenitude do “tu” trinitário. A existência é o lugar em que se manifestam as labaredas incandescentes do Espírito. Por isso ao longo dos séculos a Igreja solfeja as notas imortais do “Veni Creator”, um hino ao Espírito Santo. E com as palavras da primeira estrofe desse hino, gostaria de terminar esta reflexão. “Ó Espírito que suscitas o criado, penetra os teus fiéis em profundidade, derrama a plenitudeda graça nos corações que para ti criaste”.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Sétimo aniversário de Dedicação da Igreja e consagração do Altar

No Dia Mundial de Oração pelas Vocações, solene adoração e bêncão do Sanítissimo Sacramento.
Início da celebração eucarística presidida por Dom Antônio Lino, nosso Bispo Diocesano.
A reverência ao altar, ícone da presença de Cristo fundamento da vida da Igreja. Todo altar resplandece a beleza cristã.
Incensação do altar e do crucifixo.
Sobre o altar o Evangeliário irradiando a unidade entre a Mesa da Palavra e a Mesa da Eucaristia.
A assembleia acompanha com júbilo pascal.
A  chama da vela,  símbolizando  do fogo do Espírito,  a luz  de Deus  irradia no testemunho da fé.
"Sim eu quero que a luz de Deus que um dia em mim brilhou jamais se apague..."
Iago, meu afilhado, acender uma vela é abraçar o compromisso de ser luz de Cristo no mundo.
Ser crismado é viver a experiência do dilúvio do Espírito.

 Cada chama reflete o esplendor da glória eterna.
Momento das preces dos fiéis
Início da procissão das oferendas.


O altar será ornado para o sacrifício, a Ceia, o festim real.
"Quem come a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim e eu nele".


" O pão do céu és tu Jesus, via de amor, nos trasformas em ti"
A catequista Maria das Graças, cercada dos crismandos, a alegria da missão cumprida.
Tessa Hope, nossa amiga da Inglaterra, sempre presente nos grandes momentos da vida da nossa comunidade paroquial. Thank you, Tessa and God bless!


João Miranda, irmão e companheiro. O grande tesoureiro, atuou do início até a inauguração da igreja.









Momento  final da celebração, saída da igreja.